Recentemente, mas muito recentemente, disseram-me a seguinte frase: “Lamento o sucedido (...), há males que vêm por bem, e agora que apanhaste o bouquet, não traves os casamentos dos outros porque és a primeira da fila.”
Depois, recordei as palavras da mãe da noiva: “Agora vai cumprir a tradição? (...) Tem de casar depressa!!!”
Estas frases fizeram-me pensar, pensar, pensar...
Neste momento, ponderando o que sinto na minha alma e reorganizando os meus sonhos, sinto que não quero casar. Casar para quê? Para meia dúzia de anos depois um estúpido qualquer se lembrar que não está bem e eu ter que assinar a porcaria dos papéis do divórcio. Não. Não me consigo ver nessa situação. Admiro quem acredite nisso, quem o faça, mas isso não faz parte das minhas ideologias de vida. É estranho. É estranho dizer isso, mas começo agora a explorar os meus pontos de vista, as coisas nas quais votei a favor e as coisas a que eu sou a favor e vejo que não consigo sobreviver a muitas delas. São choques fortes demais para mim.
Como me disse uma amiga minha, hoje, “cada vez menos as pessoas sabem viver uma relação a dois. (...) Hoje em dia não se procura uma solução. (...) Existe o conceito estúpido do “Quem ama atura. Se eu não consigo aturar, separo. Não tento resolver, porque relações não é suposto darem trabalho”. E tem toda a razão.
E , depois, também há o outro lado. O lado em que um homem não é capaz de agir como tal. Vê “um rabo de saias” e sai logo a correr. “Ai que fascínio!” E onde é que perdura o respeito? Eles é que deviam estabelecer um limite e parar com a brincadeira. Mas não. Ai que fixe. Ela dá-me atenção. Ela é novidade. Que se lixe o respeito. Quero é esta! E a outra? A que realmente merece respeito? Será que a novidade também merece respeito, se supormos que se anda a atirar a um rapaz comprometido? Na minha teoria não. Não merece respeito, nem tem nível nenhum.
Sim, eu levo as palavras demasiado a sério. Para mim, as minhas ideologias são fixas. É assim que o mundo deve ser e pronto. É assim que se deve agir e pronto. Talvez não devesse ser assim e isso me causaria menos dor, mas feliz ou infelizmente sou como sou e acho que existem protocolos que se estão a extinguir e que não deveriam sê-lo, segundo a minha opinião.
Mas retomando ao tema fulcral: o bouquet e a lenda de que a solteira que o apanha é a próxima, de entre os presentes, a casar...
Eu sinceramente não sei o que pensar sobre isto. Será verdade? Não será? Fartei-me de vasculhar informação e não consegui descobrir nada. Há quem diga que a tradição do bouquet surgiu na antiga Grécia ou em Roma. Falam do mau olhado, do alho na sua composição, da sua simbologia ligada à vida e à fertilidade, mas sobre o atirar o bouquet... Nada! O mais perto que descobri foi que antes dessa tradição, que surgiu em França no século XIV, era comum as solteiras pegarem um pedaço do vestido da noiva para terem sorte. Mas onde é que surgiu a lenda que diz que será a próxima a casar?? Onde?? Também encontrei escrita a seguinte frase: “a noiva deve repassar a sua sorte, atirando o bouquet. E ele deverá ser atirado de costas, evitando qualquer predilecção. A sorte recairá para a mulher que alcançá-lo e, se ela for solteira, no prazo de um ano também contrairá o matrimónio.”
Aqui vou-me rir. No prazo de um ano?? Ahahah!
Começo a acreditar fortemente nestas lendas! (frase irónica)
Enfim... pesquisei e não encontrei nada que esclarecesse a minha dúvida. Onde é que surgiu a lenda e onde está a prova de que será a próxima a casar?
Não acredito, não tenho intenções de casar e o futuro dirá quem tem razão: eu ou a lenda! E espero, sinceramente, não travar os casamentos das restantes presentes. Eheheh!
Até à próxima!
loll sinceridade acima de tudo e directa ao assunto sem rodeios. És uma Mulher com um M maiúsculo sem dúvida. Continua
ResponderEliminarSe não querias casar, porque te arriscaste ao bouquet? As flores eram bonitas? Estou confiante que sim.
ResponderEliminarNa internet não se encontra coisa alguma, e nas bibliotecas, cada vez é mais complicado, andam assim a fechar, é a crise, é a falta de utentes, é para obras, é porque incêndiou, é porque a senhora da limpeza foi de férias, há sempre um motivo - por enquanto.
Casar não é mais do que celebrar um contrato eterno para com a igreja (não chamemos DEUS aqui) e "a termo indeterminado" juridicamente falando.
Às vezes não há vontade para celebrar contratos, às vezes há. Se o contrato é bom, tanto melhor, se não serve, não interessa! Quem casa por dinheiro para melhorar o mealheiro, não é parvo e não precisa de ir à Rádio Popular. É um novo ditado.
Se crês na tradição, podias não casar de propósito (mesmo que te apeteça), até que uma das outras que participou na sorte do bouquet, case. Ficava a prova como a teoria do lançamento do bouquet, deveras, não determina a próxima homo-sapiens feminina a casar e acabar com as inquietações! Aproveito para pedir a quem lê, por favor, pare de votar no PS e no PSD e no CDS, há tantas outras opções.