quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Divagações das onze...

Por vezes, sinto-me como a minha personagem de desenhos animados favorita: uma verdadeira desastrada que só faz e diz disparates. Talvez por isso eu goste tanto dessa personagem, pois acabo por me identificar muito com ela.
O que dizer sobre a personagem? Para além de ser a personagem principal da série é uma rapariga infantil e ingénua, chorona, que diz imensos disparates, confia nas pessoas e é dotada de uma bondade inigualável. Apresentas inúmeros defeitos e características frágeis, mas acaba sempre sendo uma lutadora e corajosa.
Tenho que confessar que ao longo dos anos, muitas vezes, sempre que me sentia fraca, inspirava-me nela para conseguir coragem e acreditar que tudo ia acabar bem.
Mas isto foi há um bom tempo atrás. Aos poucos, fui-me desligando do vício da série animada, mas ainda hoje me identifico muito com ela: a Bunny, a Navegante da Lua. Sim, era esta e continua a ser a minha personagem favorita. Podia ser a Minnie, o Mickey ou até a Olívia Palito, mas fui encontrar empatia na “guerreira do amor e da justiça”, frase que em todos os episódios ela mencionava e que era tão pirosa, mas ao mesmo tempo conseguia fazer sonhar que um dia poderia ser uma guerreira como ela (atenção: quando eu pensava isto tinha uns dez ou onze anos). Com o passar do tempo, fui aprofundando o meu interesse pela série e acabando por descobrir toda a mitologia e histórias em que foi baseada para ser escrita e adaptada à televisão. E tendo, hoje em dia, a certeza de que os super-heróis existem para nos fazer acreditar que também podemos ser fortes e corajosos como eles, e que as figuras estúpidas ou patéticas que fazemos, os erros que cometemos, não nos podem atirar para baixo. Pois, apesar de não podermos voltar atrás, podemos sempre lutar para melhorar as atitudes parvas e os erros que se cometeram para que não se voltem a repetir. E isto, sempre com o astral em cima, se possível.

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