quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Um ano depois...


E um ano passou...
Um ano estranho. Um ano em que muitas tristezas e futilidades foram por aqui faladas. Um ano em que este blog viu publicado os meus desabafos, as minhas angústias, as minhas tristezas e parvoíces. Um ano passado, quase todo ele, anestesiado por medicação. Mas, finalmente, esta acabou e, aos poucos, noto que vivo num mundo real. Já não me sinto noutra dimensão ou sei lá como é que via a minha envolvente. Era uma percepção estranha.
Foi um ano em que tomei consciência de muitos dos meus erros e, consequentemente, vi que houve muita mentira e falta de coragem em me dizer tudo na cara. Sei que errei em muitas coisas, mas também houve quem fez o mesmo, ou pior, comigo. E esse alguém não perdoo. Foram mentiras, ilusões e mágoas que me levaram a fraquejar excessivamente, que danificaram o meu orgulho: a minha memória excelente.
Frases como “A culpa não é tua, é minha!” continuam a não pegar. E sempre que essa frase ecoa na minha mente (sim, que os fantasmas do passado não desaparecem com um estalar de dedos), continuo a pensar o mesmo que pensei no dia em que a ouvi: “- Mentiroso! Claro que a culpa é minha!”. Mas, atenção, eu censuro-me por erros e atitudes minhas, mas a culpa não foi só minha. Há atitudes que tiveram para comigo que considero muito mais graves do que pequenas atitudes minhas, a começar pelo apoio em horas mais trágicas.
Há um ano atrás, dizia eu, num post qualquer aqui do blog que há cenas ou coincidências do diabo. Isto, por eu ter apanhado um bouquet num casamento, quando momentos antes desse acontecimento pronunciara a frase: “- Eu não me caso!”. Na altura também disse que era a minha decisão e que esse sonho (que antes era apenas pelo civil e facilmente abdicava dele, volto a repetir, apenas pelo civil e facilmente abdicava dele – isto para não voltarem a repetir-me na cara como já o fizeram: “Tu precisas de alguém que te leve ao altar.” E volto a dizer o que respondi e continuo a responder a esta frase: “- Não me interessa o que eu preciso. Interessa-me o que eu quero! O QUE EU QUERO!) já não fazia parte dos meus planos. Um ano passou e a decisão mantém-se, principalmente depois de ter acompanhado a minha amiga Lú nas provas do vestido de noiva dela. Quem sabe, um dia mude de opinião, o que não é provável, e aceite fazê-lo pelo civil, mas esqueçam a cauda, o véu e o vestido comprido. Assim nunca me verão vestida, garanto!
Ao longo de um ano ganhei novas amizades e as que já existiam mantiveram-se. Sei que errei com algumas e que o meu estado de insanidade mental temporário também não devia ser desculpa. Sei que, em alguns casos, influenciou bastante essas minhas atitudes erradas, mas também havia pequenas achas que queimaram cá dentro e ajudaram a despontar essas atitudes. Peço desculpa a essas amizades e agradeço muito continuarem ao meu lado. Às que sempre me deram força, apoio, compreensão, sermões e raspanetes digo um obrigada por tanto de mim aguentarem. A todos os que me aturam diariamente, obrigada por aturarem esta tola que diz montes de disparates e que é uma medricas dos diabos.
Hoje, um ano depois, é tempo de recuperar todo o tempo perdido, e lutar com todas as garras e forças pelo meu futuro! Está na hora disso! Ninguém pode lutar por mim!

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