segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Definitivamente...

... EU ODEIO OS GAJOS!!!
Sempre pensei racional durante a última década. Não queria voltar a ser usada e gozada por quem eu amava. Sempre tentei negar os meus sentimentos. Nunca fui forte, nunca lidei bem com a rejeição nem com a indiferença. Sempre fui carente desse tipo de afecto, mas aprendi a gostar de mim mesma, a conviver com a solidão, a ter os meus próprios sonhos. Já me tinha mentalizado que era impossível gostarem de mim. E eis que surge o sacana. Simpáctico, persistente, carinhoso, romântico, ... e eis que ele me cativa o coração. E eu sempre a recusar. Entre os vários motivos, o principal era o medo de sofrer, de sair magoada. Numa conversa com uma amiga minha cheguei-lhe a dizer: "E se não der certo. E se isto não resultar? Eu não vou aguentar o sofrimento!"
"Não penses nisso. Vale a pena tentar ser feliz." - disse-me ela.
Vale a pena? Não vale. Eu fui uma idiota ao pensar que ele era uma boa pessoa. Veio com a lengalenga de que não ia colocar nas redes sociais que estava numa relação comigo porque atraia mais gajas. Eu cedi. Usar aliança também usou a mesma desculpa. A isso nem liguei porque também não ligo muito a anéis. Agora tem outra. Ninguém quis acreditar quando eu dizia que ele me deixou porque andava outra a fazer-lhe a cabeça. Nunca acreditam no que eu digo, não sei porquê! Mas agora tenho provas. Agora ele já assume nas redes sociais que está numa relação com outra. E eu sinto-me tão estúpida por ter acreditado nas desculpas dele.
Só queria conseguir arrancar esta paixão que ainda tenho por ele de dentro do peito. Ele não merece nada do que eu estou a sofrer. O lado romântico e carinhoso é só fachada. E eu não vi isso e caí na conversa dele. Eu que tanta novela vi, que tanto sei, e acabei cega de amor e sem ver a verdadeira personalidade dele. E calei-me quando não o devia de ter feito. Deixei que ele me insultasse, gritasse comigo e me agredisse. Mas eu fiquei estupefacta com a reacção e assustava-me uma discussão. Cresci a assistir a violência doméstica de alguém próximo que, sempre que ele lançava achas para a fogueira eu mudava de assunto e quando um não quer dois não discutem.
Eu fui uma idiota em acreditar que algum dia alguém se pudesse interessar por mim. E fui logo acreditar num canalha da pior espécie a quem sempre fui fiel, dedicada e sempre preocupada com os estudos dele. E ele ainda acaba comigo, do meio do nada, sempre a gritar, a responder de modo rude, como se eu tivesse feito algo maquiavélico!
Fui usada! Caí na mais antiga das armadilhas do homem, que nunca chegou a conhecer a pessoa que sou (embora na cabeça dele julgue que sim), que me acusa de querer virar os amigos dele contra ele (algo que eu nunca faria, mas que não me admiro que viesse da parte dele já que tenho a impressão que uma das minhas melhores amigas tomou o lado dele e está nem aí para se eu estou bem ou mal), que nunca esteve do meu lado quando eu precisei de apoio (que disparate! ele tinha razão! eu não precisava de mimo, precisava era de descansar. É bom dizer isto a quem perde um ente querido e está sozinha em Lisboa. "Por favor, vem ter comigo, eu não me estou a sentir bem!" "Não, tu precisas é de descansar!" (Descansar? Eu precisava era de um ombro para chorar, precisava de carinho depois do dia terrível que havia passado. Mas que disparate! O facto de eu estar a chorar ao telefone não quer dizer que eu precise de apoio. "Vai mas é dormir, que eu acordo-te amanhã!" E acordou? Claro que não! Telefono-lhe à hora de almoço e ainda levo com o sermão de que ele estava a dormir e eu o acordei).
Com tantos gajos no planeta, com tantos, e eu tive que me meter com um da pior espécie, que só me fez sofrer e, ainda hoje, me trata rudemente. Eu sempre me portei bem, eu não merecia ter sido tratada assim.
Eu devia ter continuado a ser racional e nunca ter dado ouvidos ao meu coração. Até hoje recordo-me constantemente da conversa com uma amiga minha à porta do banheiro de um bar, onde estivemos imenso tempo a debater este meu lado de pensar racional e de todas as vezes me questiono: porquê cedi? O meu medo manifestado naquela conversa tornou-se real e com isso trouxe-me um distúrbio psicológio (com o apoio dos maravilhosos amigos que tenho hei-de superá-lo).
Para mim acabaram os sonhos. Não quero saber de mais gajo nenhum, não quero casar, não quero sofrer mais, não quero voltar a passar por isto.
Agora sou eu, só eu e os meus sonhos! (E sim, também há espaço para os meus amigos, aqueles que se preocupam comigo e a quem eu só tenho a agradecer pela paciência que têm comigo e por todo o apoio que me têm dado. Obrigada!)

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