sábado, 25 de dezembro de 2010

É Natal!!!

A minha vida pode não estar a correr bem. Posso achar que estou no fundo de um poço, que tudo perdeu o sentido nela. Posso sentir um grande vazio no peito que teima em não desaparecer. Posso sentir-me a pessoa que mais sofre à face da terra. Posso querer que o mundo acabe para todo o meu sofrimento desaparecer. Posso querer que não hajam mais festas, mais comemorações, mas a verdade é que apesar de toda a mágoa e dor que sinto dentro do meu peito, em meu redor tenho uma família maravilhosa e muito, muito divertida!
Para não variar, a consoada foi passada na casa do meu mano com toda a famelga mais chegada e com várias peripécias típicas. Os presentes foram abertos antes da meia-noite. Os parabéns do avô também cantados antes de a noite acabar. As crianças não evitaram as birras típicas: uma só queria abrir presentes e colocá-los arrumadinhos no seu cantinho, outra só queria o presente que pedira: um macaco qualquer que se põe na PSP (perdoem a minha ignorância em não saber o nome, mas como também não achei piada ao bicharoco não decorei o nome do jogo). Para variar, desta vez foi o mano a sentar-se no sofá e a começar a desembrulhar os presentes: "Olha, isto é para mim!", e abre. "Isto também tem o meu nome!" e abre. "Olha um chocolate. Fica com ele que já tenho aqui muitos!" E depois distribui mais chocolates pelas tias das pequenas. "Olha, isto é para o 'não sei quantos'! Abre lá. "E isto é para o 'fulano tal'. Abre lá também. E, um a um, todos os presentes foram desaparecendo debaixo da árvore.
A melhor paródia veio com o presente do meu irmão para a minha cunhada. Como um marido romântico, oferece-lhe uma caixinha de joalharia e, ela, radiante! Todas as mulheres presentes olham para ela a desembrulhar a caixinha, impacientes, em saber o que está lá dentro. Enquanto isso, o meu mano vai buscar um mega autopresente que começa a desembrulhar e com o qual fica completamente entretido perdendo a noção do que se passa à volta (era um helicóptero ou uma coisa qualquer voadora).
"O que é isto?" - e fica tudo parvo a olhar para a caixa.
"Isso parece um parafuso!" - dizia alguém.
"É um parafuso para os fechos dos fios." - responde ele desviando a atenção da máquina voadora por escassos segundos e não volta a ligar à nossa curiosidade.
"Isso não é um parafuso para fechos nem aqui nem na China!" - digo eu.
E dez minutos mais tarde ainda continua tudo a olhar para o parafuso que ia passando de mão em mão.
"Cuidado com isso! Isso é de esmeralda!" - volta a dizer ele, voltando a desviar a atenção mais uns rápidos segundos.
"Esmeralda?" - dizem alguns pasmados.
"Isso não é esmeralda coisissíma nenhuma. A esmerada não é verde metalizado!" - digo eu.
E, entretando, os olhares vão passando entre o parafuso e a nave esquisita.
"Ele vai dar mais alguma caixa!" - diz alguém.
"Bem, na próxima deve vir a porca!" - digo eu, já no gozo.
Já todos riam sem parar e o meu estômagozinho já me doía.
E, mais de meia hora mais tarde, eis que a atenção é finalmente desviada do brinquedo com hélices e surge mais outra caixinha esquita com o verdadeiro presente que devia de estar na primeira caixinha: um anel.
E, finalmente, a risota acabou com um final feliz. E a conclusão é que com o meu mano, ninguém passa um Natal de tédio!
Lá pelas duas e tal da matina regressei à minha casota com um pequeno monte de presentinhos. Foram poucos, mas não me posso queixar. Gostei de todos, por isso, como diz o ditado: "Poucos, mas bons!"
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E, já agora, vou publicar algumas imagens do que recebi:
Este maravilhoso casaquinho da Stradivarius, na cor branco.
Este vestidinho, em tom camel, da Zara.
Estas botas, lindíssimas, da Seaside.
Um espectacular estojo de maquilhagem da Sephora.
Mais um livrinho de vampiros.
E, claro, os chocolates não podiam faltar! Natal sem chocolates, não é Natal!
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Quanto a vocês, espero que tenham passado todos um óptimo Natal, recheado de muitos presentinhos, muita saúde e muito amor!

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