terça-feira, 30 de agosto de 2011

E é tudo por causa dos Morangos!

Ontem, depois de lermos o post da Pipoca sobre o anúncio dos fungos e dos cogumelos, eu e a minha amiga S. acabámos a debater os anúncios e programas de televisão.
Hoje já não há respeito, já não há descrição e por este andar não me admiro que se extingam as bolinhas vermelhas no canto da televisão. Começámos por comentar que, de facto, não era necessário tanto pormenor no tal anúncio, até que eu me lembrei de uma cena à qual tinha assistido há uns tempos atrás.
Estava eu, aqui pela casa, e ao notar as minhas sobrinhas muito sossegadas fui procurá-las. Encontrei-as na sala a ver televisão. E estava a dar, nada mais nada menos do que os Morangos com Açúcar. Eu, que só vi a primeira série, já lá vão alguns anos, fiquei um pouco ao pé delas a ver o que se passava na história. Devo ter ficado cerca de dez a quinze minutos, não mais, e o que vi nesse tempo deixou-me um pouco perturbada. Estava numa cena em que estavam dois namorados na cama. Entretanto, muda para outra cena em que estavam mais dois namorados na cama. E, de seguida, passa uma cena muito rápida de dois personagens a falar e volta a mais do mesmo (mais um casal  na cama). Sei, que desde esse dia, deixei de ter os Morangos em boa consideração. Como é que uma série, vista por tantas crianças, em horário nobre, tem tantas cenas destas em tão poucos minutos?
Depois as pessoas admiram-se com o que crianças, por exemplo, de doze anos fazem. Perante este meu desabafo de escandalização sobre tão conhecida série, conta-me a S. que no consultório de uma amiga dela ginecologista apareceu uma miúda de doze anos a pedir a pílula. A médica, claro, achando a miúda jovem demais, decidiu conversar com ela sobre o que era a pílula e para que servia e que ela era muito nova... Ao que a miúda responde que na geração da médica era muito nova, mas que ela era da geração dos Morangos e na geração dos Morangos isto é normal!
Ah bom! Na geração dos Morangos é normal...
Eu fico feliz por ser da geração dos Riscos!

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