sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Se há algo que eu gosto, adoro mesmo, juro, é que me atirem à cara o que eu já sei sobre mim. Então se forem aquelas coisas que me magoam forte e feio...
Será que não entendem que eu sei isso sobre mim? Apenas prefiro não falar nisso, porque dói cá dentro. Porque me faz lembrar muita coisa, coisas más, coisas que me magoaram muito.
Foi muito tempo para esquecer um passado, para o enfiar num caixote e empurrá-lo todos os dias um pouco mais para o fundo, procurando acreditar em mim, recrutando forças para mostrar que era feliz, que tudo me corria bem, que não sentia falta de nada. Foi muito tempo a criar alguém que não tivesse medo de arriscar, de dar um passo mais à frente por mais pequeno que fosse. Foi muito tempo para incutir a alguém o pensamento: "se calhar é possível...".
E, aos poucos, fantasmas do passado foram desenterrados: medos, receios, recordações más...
E de quem é a culpa? Minha. Sempre minha. Devo ter nascido com o karma da culpa... Aliás, até ontem fui acusada de ter culpa de nascer no dia em que nasci. Que o meu aniversário vai atrapalhar os planos. E que não devias fazer anos nesse dia. E agora? Não seja por isso, eu não escolhi esse dia, mas não precisam de estragar os planos por minha causa. Eu fico bem sozinha. Ora essa, não quis atrapalhar a vida de ninguém. Eu nem sequer pedi para nascer!

Há dias ouvi que: "Uma vida sem arrependimento não vale a pena. Às vezes, uma burrice vale a pena. Às vezes, as consequências são boas." Pois, às vezes! Às vezes, vale a pena. Quando são boas.
Arrependimentos não me faltam, portanto a vida já me valeu alguma coisa. Quanto às consequências... as que eu queria caracterizar de boas, só me doem cá dentro e não é pouco...

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