terça-feira, 18 de outubro de 2011

"Uma Escolha por Amor"




A minha última leitura. A primeira leitura de Nicholas Sparks. O primeiro filme dos livros dele que vi foi "O Diário da Nossa Paixão" e adorei. Adorei e chorei imenso de tanto a história fazer lembrar cenas que se passaram na minha vida. Desde aí, fiquei com curiosidade em ler os livros dele, mas essa oportunidade demorou a surgir.
Há pouco tempo, disseram-me qualquer coisa como eu fazer um texto mais crítico sobre os livros que leio. Não sei se me vou sair bem com este texto, mas vou tentar sê-lo.
Podia dizer que escolhi “Uma escolha por amor”, para ler antes de todos os outros livros do mesmo autor, por uma razão específica, mas a verdade é que foi por acaso. Um acaso proveniente de uma promoção em que este livro se encontrava.
Gostei imenso do modo fluido como Nicholas Sparks escreve. Uma escrita capaz de envolver o leitor. Só pelo o modo como ele conta a história, já vale a pena ler o livro.
Se fosse há um tempo atrás, era possível que eu dissesse que adorava a história, que chorei baba e ranho ao ler e que adorava estar na pele da protagonista. Mas a verdade é que neste momento ando demasiado censuralista. Isto há-de passar, quando é que eu já não sei. Assim sendo, passei o início da história a censurar o modo como o namorado de Gabby a tratava. Depois censurei o modo como Gabby trai o namorado com Travis. Comecei por criticar o namorado para no fim ter pena dele. Confesso que adorei a história de como Gabby e Travis se conhecem. A casa na praia, o passeio de barco, os amigos, os cães, o jeito dela irritadiça... tudo lindo e maravilhoso. Se não houvesse o “fantasma” de Kevin a pairar da história eu teria ficado derretida. Juro que tinha ficado! Assim, só consegui ver os pontos negativos (irra, que já pareço a minha mãe!). Depois vem a escolha de Gabby: esquecer a traição e ficar com Kevin ou abdicar de tudo por Travis? Aqui confesso que tive vontade de fechar o livro e não ler mais. Contudo, continuei a ler, porque entretanto começa a segunda parte da história. A parte em que, onze anos depois, Gabby sobre um acidente e fica em coma. Um acidente causado por Travis que vive com remorsos por se ter chateado com ela no último instante e ela ter-se recusado a dizer mais uma palavra que fosse. Nesse instante, zás! O típico acidente com um camião! Vá-se lá saber porque  em quase todas as histórias deste género isto acontece. Discussão em carro dá tragédia na certa... e quase sempre há um camião à mistura. E a grande dúvida da história, o grande dilema do protagonista, está em decidir, três meses depois do acidente, e Gabby mantendo-se em coma, se ele a deixa morrer ou se lhe prolonga o coma. Há a salientar que a partir dos três meses as hipóteses de acordar são mais reduzidas e, ela lhe havia pedido e deixado escrito, que numa situação daquelas queria que a deixassem morrer e seguissem com as suas vidas. Mas só Travis sabia desse pedido e mesmo assim isso é um dilema para ele. Cumpre o pedido dela ou ouve o pedido do seu coração? Bem, mas o que ele faz eu não vou contar. Esta segunda parte, dá bastante que pensar. E se um de nós passássemos por isso? Se estivéssemos em coma, quereríamos que nos deixassem morrer? E se fossemos nós a ter que fazer esta escolha? Cumpríamos a promessa? Eu vou sincera. Acho que numa situação semelhante não conseguiria cumprir o pedido. Mas isto são apenas pensamentos à distância. Um “acho que...”. Só se passando pelas situações é que se sabe como agimos.

No geral, gostei da leitura. A história dos pombinhos não me cativou, mas no final deu para reflectir bastante sobre a atitude que se podia tomar. É um livro em que não se perde nada em ler, pois até é uma leitura agradável.

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